quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Terra para compor as paredes da residência

Materiais que "respiram" , que são ventilados e que, por isso, trazem maior conforto térmico à residência. Essa é uma das mais importantes características dos produtos ecológicos para compor paredes externas ou divisórias.

Conforme a arquiteta especialista nesse tipo de material, principalmente a terra, Letícia Achcar - do escritório Primamatéria -, o consumidor pode ter paredes erguidas com essas técnicas porque alguns produtos são industrializados e vendidos no mercado; outros podem ser executados na própria obra.

Abaixo estão explicações sobre cada tipo, para orientação de uma possível escolha de quem vai construir:

Bloco de entulho - Letícia salienta que o material precisa estar livre de matéria orgânica, principalmente vegetal. O que é aproveitado é o entulho mineral que será moído e que terá a execução do bloco feita com base em normas técnicas. Resíduos de construção civil (cerâmica, telha, tijolo, etc...) são os mais comuns na utilização. "Esse tipo de entulho é muito representativo na cidade, geralmente acondicionado nas caçambas". Misturados a areia e cimento formam o bloco que comporá a parede. Existe o tipo de bloco que não é estrutural e aquele que pode levar ferragens em seu interior. São vendidos blocos inteiros, meios blocos ou canaletas. "Podem ter um bom trabalho de acabamento e ficar aparentes nas paredes", explica Letícia. São vendidos nas medidas 14 cmx19cmx39cm. Sua resistência é de 3,8 Mpa.


Tijolo de solo-cimento (ou BTC - Bloco de Terra Comprimido) - Letícia explica que o produto vem diretamente da fábrica e é entregue na obra. São blocos prensados por máquinas hidráulicas, explica a arquiteta, que consomem pouca energia e que são adequadamente reguladas, o que dá boa qualidade ao tijolo. O produto é composto de 8% a 10% de cimento e o resto é terra. "O assentamento é com cola, que vem junto com o produto". A fôrma do tijolo, diz Letícia, já prevê o encaixe, o que dispensa o rejunte. "Essa característica é extremamente vantajosa para desenhar projetos modulares." São vendidos tijolos inteiros ou meios tijolos e podem ficar aparentes. Têm resistência de 4.2 MPa, "equivalente à de um tijolo estrutural convencional". A mão-de-obra no canteiro, diz Letícia, vai estar preocupada na boa execução da parede e não em quebrar tijolos para cumprir o desenho arquitetônico. "É recomendável passar um ferrinho nos furos a cada metro para tornar a estrutura mais resistente". Esses furos, aliás, ajudam no isolamento térmico e acústico e também servem para passagem de tubulação hidráulica e elétrica.

Terra - São técnicas executadas nos canteiros de obra. Pau-a-pique é uma delas. Não é estrutural e exige composição com uma grade de madeira. A terra é retirada abaixo de 60 cm do solo, pisada até ficar homogênea, isenta de pelotas, e triturada. A ela é acrescentado algum tipo de fibra (capim, palha, feno) mais água. Letícia explica que há muito interesse hoje por técnicas como essa. Tanto que chegou a executar uma parede divisória de 17 cm num escritório na avenida Paulista, toda feita de pau-a-pique aparente. "Pode ser rebocado, emboçado e pintado", diz Letícia. Os operários no canteiro não precisam ser especializados, mas necessitam ser orientados, explica a arquiteta, "porque perdemos a cultura de executar construções de terra". Tijolos de adobe, outro tipo de produto com terra, são grandes e preparados em fôrmas sem fundo. Utiliza um tipo de terra mais arenosa, diz Letícia, envolvendo 70% de areia e 30% de argila, mais uma rega de água. O material é batido e a fôrma é retirada para que ele seque.

Terra-palha é mais um tipo citado por Letícia. No Brasil a terra, nessa técnica, é misturada à palha de trigo. Letícia utiliza em seus trabalhos a terra composta com feno: "Faço um material bem leve pensando no conforto térmico e acústico, pois é um tipo de bloco que contém muito ar". A densidade é de 300 Kg por m³. Pilares de madeira montam a estrutura. Ainda feita in loco, existe a taipa de pilão. Compactadores hidráulicos fazem hoje em dia o processo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Al Burj - Torre mais alta do mundo



A peça central do al-Burj ajustou-se para diminuir o Burj Dubai em 1.200 metros. A torre do al-Burj que está sendo planejada pelo colaborador de bens imobiliários local, Nakheel, será a mais alta do mundo, de acordo com algumas fontes que estão ligadas ao projeto. A construção está prevista para começar ainda no fim deste ano. A altura final da torre ainda não foi confirmada, mas com certeza será mais alta do que o Burj Dubai, prédio que ainda não foi inaugurado e já possui o título do mais alto do mundo, com seus mais de 800 metros. As companhias envolvidas no projeto afirmam que até o ano passado a altura seria da ordem de 1.600 metros. No início a torre seria projetada para ficar localizada na ilha artificial de Palm Jumeirah, outro grande projeto de Dubai, mas foi movida para o Waterfront da cidade, onde foi rebatizado por Al-Burj. Vale informar que a equipe que projetou a torre é toda dos Emirados Árabes, tendo o reforço de algumas outras companhias de outros países.

Comparando o projeto com outros edifícios espalhados pelo mundo: